Contos de fadas não são só para crianças.
11:00 AM
[ Antes de tudo, essa é uma crítica literária que escrevi para um trabalho da faculdade. Eu gostei tanto de escrever esse gênero, como gostei do que escrevi que resolvi postar no blog e futuramente escrever mais críticas]
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Contos de fadas não são só para crianças.
Os famosos personagens dos contos de fadas
se ligam em algum ponto de suas vidas. A Saga Encantadas tinha tudo para ser
apenas mais uma adaptação chata das histórias dos contos de fadas, contudo, a
escritora e professora Sarah Pinborough, nascida na Inglaterra em 1972, soube
dosar um pouco de contos de fadas em um mundo mais adulto.
A Saga Encantadas foi dividia em três livros. O primeiro livro, Veneno, trata da história da Branca de Neve, que não sabe mais o que fazer quando fica sozinha no castelo nas mãos de sua madrasta, mas sempre procura ajuda de seus amigos anões. Feitiço, que é o segundo livro da saga, trás em suas páginas a história da Cinderela, e seu glorioso desejo de ir ao baile no castelo e conquistar o coração do príncipe, e ela está disposta a tudo para conseguir o que deseja inclusive uma troca de favores entre ela e a sua “fada” madrinha. O último livro, Poder, mostra um príncipe que precisa provar ao rei que cumprirá a sua missão e será digno de assumir o trono. Ao encontrar o reino adormecido ele finalmente dá o beijo que acordará a Bela Adormecida e toda a cidade, mas, com isso ele acaba acordando a Bela e a Fera.
As histórias dos 3 livros se ligam, a Branca de Neve passa pela vida da Cinderela, seu príncipe passa pela história da Bela e a Fera. Nesse meio aparecem também Aladim, Chapeuzinho Vermelho, o lobo mau – mas também tem o lobo bom –, a até a Bruxa do João e Maria aparece entre as páginas, entre outros personagens que já conhecemos das histórias que ouvimos e lemos há muito tempo atrás.
Sarah, ousou ao reescrever os famosos contos de fadas e ao tirar a inocência dos personagens. A diferença da releitura feita por Sarah é que ela adicionou mais realismo para os pensamentos e ações dos personagens, e uma pitada de conteúdo adulto também.
É muito raro encontrar histórias onde a aliança entre uma nova releitura da história e história antiga não se perca em algum lugar. Sarah soube equilibrar bem personagens com sentimentos reais e mais profundos, mas também sem perder a magia, e o deslumbre que todos os contos de fadas tem. Contudo, ainda que todas as histórias se liguem de uma maneira impressionante, alguns pontos da história ficaram confusos – Pelo menos pra mim -. Para os amantes de uma história certinha, com início meio e fim, finais felizes, e tudo em seu devido lugar acredito que as histórias de Sarah podem ser chocantes em algumas linhas do livro, do tipo “ inversões de valores familiares, conteúdo impróprio para maiores de 18 anos” ( mesmo que a maioria dos adolescentes com menos de 18 ano já leram, por exemplo, 50 tons de cinza). Entretanto, mesmo para aqueles que esperam uma história diferente, tudo será ainda mais surpreendente.
Ao ler os três livros da Saga Encantadas, ou até mesmo ao ler apenas o primeiro livro, nos faz questionar se realmente toda inocência que ouvíamos nos contos de fadas antigamente são verdadeiras, se sabemos realmente quem é o mocinho da história e se existe o “Felizes para sempre.” Ninguém é o que parece, nem todos são maus ou bons, apenas fazem escolhas.
“Não acredite na inocência de nenhum deles!” ( Sarah Pinborough)
A Saga Encantadas foi dividia em três livros. O primeiro livro, Veneno, trata da história da Branca de Neve, que não sabe mais o que fazer quando fica sozinha no castelo nas mãos de sua madrasta, mas sempre procura ajuda de seus amigos anões. Feitiço, que é o segundo livro da saga, trás em suas páginas a história da Cinderela, e seu glorioso desejo de ir ao baile no castelo e conquistar o coração do príncipe, e ela está disposta a tudo para conseguir o que deseja inclusive uma troca de favores entre ela e a sua “fada” madrinha. O último livro, Poder, mostra um príncipe que precisa provar ao rei que cumprirá a sua missão e será digno de assumir o trono. Ao encontrar o reino adormecido ele finalmente dá o beijo que acordará a Bela Adormecida e toda a cidade, mas, com isso ele acaba acordando a Bela e a Fera.
As histórias dos 3 livros se ligam, a Branca de Neve passa pela vida da Cinderela, seu príncipe passa pela história da Bela e a Fera. Nesse meio aparecem também Aladim, Chapeuzinho Vermelho, o lobo mau – mas também tem o lobo bom –, a até a Bruxa do João e Maria aparece entre as páginas, entre outros personagens que já conhecemos das histórias que ouvimos e lemos há muito tempo atrás.
Sarah, ousou ao reescrever os famosos contos de fadas e ao tirar a inocência dos personagens. A diferença da releitura feita por Sarah é que ela adicionou mais realismo para os pensamentos e ações dos personagens, e uma pitada de conteúdo adulto também.
É muito raro encontrar histórias onde a aliança entre uma nova releitura da história e história antiga não se perca em algum lugar. Sarah soube equilibrar bem personagens com sentimentos reais e mais profundos, mas também sem perder a magia, e o deslumbre que todos os contos de fadas tem. Contudo, ainda que todas as histórias se liguem de uma maneira impressionante, alguns pontos da história ficaram confusos – Pelo menos pra mim -. Para os amantes de uma história certinha, com início meio e fim, finais felizes, e tudo em seu devido lugar acredito que as histórias de Sarah podem ser chocantes em algumas linhas do livro, do tipo “ inversões de valores familiares, conteúdo impróprio para maiores de 18 anos” ( mesmo que a maioria dos adolescentes com menos de 18 ano já leram, por exemplo, 50 tons de cinza). Entretanto, mesmo para aqueles que esperam uma história diferente, tudo será ainda mais surpreendente.
Ao ler os três livros da Saga Encantadas, ou até mesmo ao ler apenas o primeiro livro, nos faz questionar se realmente toda inocência que ouvíamos nos contos de fadas antigamente são verdadeiras, se sabemos realmente quem é o mocinho da história e se existe o “Felizes para sempre.” Ninguém é o que parece, nem todos são maus ou bons, apenas fazem escolhas.
“Não acredite na inocência de nenhum deles!” ( Sarah Pinborough)
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